Havia um tempo em que se dizia, quando a situação estava preta, que no mundo dos negócios era necessário matar um leão por dia. Eu estava em início de carreira, e achava o máximo matar um leão por dia. Onça, tigre, o que fosse. Dava logo uma paulada na cabeça. Estou aprendendo, estou crescendo, dizia. Estava mesmo. Bons tempos. Hoje os tempos mudaram um pouco. Um executivo novo, lá no nível de gerência, de coordenação, qualquer cargo estratégico ou mesmo técnico precisam mais que isso. Qualquer profissional que ambiciona alguma coisa em uma organização precisa matar um leão por dia, caçar e fazer sapato com um jacaré, cortar as unhas de um tamanduá e ainda passar o dia cuidando bem de um urso panda. Além, é claro, de colocar os bodes na sala.
E o bode é extremamente importante. No mercado de hoje, quem não sabe lidar com o bode não consegue subir, e talvez nem manter seu posto. As vezes o bode é mais importante do que o leão, o tamanduá e todas as outras feras que desafiam os executivos no dia a dia das organizações. Eu aposto forte no bode. Colocar o bode na sala é "dar a real". Pegar uma informação pelos braços, revistar toda, procurar as condições de contorno, possíveis soluções, impactos na organização, clientes, fornecedores, parceiros, enfim. Colocar o bode na sala é a capacidade de análise de uma situação. Esse é o segredo do jogo. Colocar o bode na sala certa, na hora certa e com todos seus acessórios supra citados. Acredite, o bode pode ser mais importante do que o leão.
Dar porrada, matar leões é bom. Mas nem sempre suficiente. Depende do cargo e da ambição do profissional. Desafiador mesmo é entender a situação como um todo e ler as consequências para a organização lá na frente. Nem estou falando da famosa visão de águia, dos empresários visionários e cia ltda, porque aí sim a exigência está em outro patamar. A questão aqui é capacidade de analise de situações mesmo. Aos matadores de leão, hora de atenção, está todo mundo de olho na sua capacidade de analise da situação!
Nesta visão, pobre do leão. Não é mais o rei da selva no mundo dos negócios. Perdeu, e perdeu feio para o bode. Perdeu para o bode lá da sala...
locar um bode na sala" como criar um problema maior ou mesmo escrachar os problemas existentes para, quando o bode "sair da sala", termos uma sensação de melhoria e satisfação, quando na verdade apenas estamos no mesmo estado normal e padrão que deveríamos estar. Esse sentidoq ue deste é novo pra mim, hehe
ResponderExcluirIndependente disso, muito bom o texto, como de praxe.
Na verdade colocar o bode na sala é uma metáfora, que significa encarar o problema, ao invés de deixar correndo e agravando.
ResponderExcluirClaro que o desafio é saber quando, com e para quem o bode deve ser exposto. E dando as soluçoes e condicionantes devidamente analisadas.
Se fosse só mostrar o problema, qqer arigó seria CEO da Coca-Cola!
Abs
Bom, acredito que o novel Bode não seja mais que o bom e velho "descascar o abacaxi". Mas, que seja, vamos colocar a culpa no Bode (expiatório), e deixar que ele se vire com os problemas. Com certeza contornar os problemas deixados pelo Bode é bem melhor que o árduo serviço de abater o Leão.
ResponderExcluirParabéns, a conclusão até parece de A. Jabor.
De fato, hoje, no mercado corporativo o executivo precisa matar o leão, lidar com o bode e ainda fazer suas funções normais...
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