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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A luz de velas...

Um ensaio sobre o mundo sem energia.

Antigamente, quando morava lá na Interiorlândia, eu adorava quando faltava luz. Se fosse dia, a aula parava. Se fosse noite, eu pegava o carro e sair por aí. Era uma sensação estranha, tudo apagado. Uma civilização sem reação. Não é a mesma sensação em um acampamento no meio do nada. Eu amava acampar também. O céu é maravilhoso em um acampamento. Quem nunca acampou não sabe, mas deveria buscar saber. Deveria conhecer aquele céu sem poluição visual. Aquela sopa exclusiva de estrelas com lua. É imperdível um céu de acampamento. Mas na cidade é diferente. Na cidade não ter luz é paradoxal, porque a cidade foi feita para ter luz. Ela não é preparada para ficar às escuras. Os cruzamentos com sinaleira que o digam... Ah, meu aquário também! E ontem faltou luz, então fui ensaiar...

Eu acordo. Meu despertador tem pilha. O celular já não me acorda mais. A bateria acabou, e não tenho aquele carregador que pluga no carro. Banho gelado ou esquentar água no fogão? Lavei o rosto e fui, fazendo de conta que a pergunta do banho nunca existiu. Saí mais cedo, já que não tem sinaleira, tem confusão. Mas não adiantou, acabei chegando atrasado do mesmo jeito. Quer dizer, na frente da empresa cheguei na hora. Mas não tem interfone, nem câmera, então, tive que esperar alguém se dar conta e buscar as pessoas lá fora...

Nas primeiras horas do dia fiquei confuso. Nas segundas horas também. Quase 50 funcionários e só um telefone, porque sem central... Os celulares todos também estavam sem bateria, então... Mas o estranho mesmo é tentar trabalhar. Tentar né. Porque a gente não pode receber nem enviar email. Precisa entrar na fila para receber ou fazer um telefonema. Ih, o tempo nublou, mal consigo ler o que estou escrevendo, em papel. Uma tarefa de 1 minuto, agora virou tarefa de 10 minutos. E pior, precisa dos 10 minutos cada vez que tiver a necessidade, não mais os 30 segundos do "Open File" - "Print File".

Está tudo estranho lá na empresa, as coisas parecem que não andam. As pessoas parecem estar de férias. Mas estão mais calmas, afinal as coisas não andam, mas as pessoas não tem culpa disso. O almoço é diferente. O restaurante parece mais chique. Tem todo um clima, tem velas. Engraçado, as pessoas estão com menos pressa. O silêncio é maior, mas as bebidas não são geladas. Gostei do almoço, eu sempre comi lentamente.

De tarde nada mudou. Tudo como de manhã. O inverno fez com que o turno terminasse um pouco mais cedo. É lindo dirigir na cidade apagada, sempre gostei. Os shoppings estão fechados, os bares com mais clima, mas estou cansado e vou para casa. Eu moro no décimo andar, então não preciso de academia. Também não tenho mais peixes para tratar, porque o aquário... O lanche ficou mais artesanal, e a conversa virou o prato principal. As velas são românticas, mas derretem rapidamente. Os assuntos vão terminando, tudo mais vai acontecendo, desenvolvendo, e as velas derretendo... E o relógio praticamente não passa. Agora sim, esquentar água, tomar aquela espécie de banho, e aí curtir o derreter das velas.

A contagem do tempo é diferente. É. Antes eu contava por minuto. Agora eu conto por hora. Antes eu tinha tanta coisa para fazer e nenhum tempo, e agora tenho tanto tempo que nem sei o que fazer. Então eu resolvi fazer o balanço do ensaio. Daquele ensaio, de imaginar o dia sem luz. Passei, repassei, pensei, repensei, e de tantos os problemas, dificuldades que encontraria, o que mais me fascinou foi o tempo. O tempo ficou mais lento. Até o planeta parece estar girando mais devagarinho, o dia está com mais de 24 horas, certamente. Antes eu precisava de 30, e ainda assim seria pouco. Agora me sobram 10. Já que completei todas as tarefas do dia, e a vela está acabando, vou dormir...





Ah, o último que sair, por favor, apague a luz...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Jobs. O gênio volta à Apple.


Steve Jobs.

Jobs foi o cara que inventou o computador pessoal (PC) como ele é hoje. Sim, foi ele e não Bill Gates. Podem acreditar! E quem duvidar pode espiar o filme logo abaixo inspirado na biografia dos dois rivais, que mostra relativamente bem o que ocorreu lá na década de 70. Jobs estava afastado da Apple por motivos de saúde, mas para a felicidade dos amantes da tecnologia de ponta e inovação, está de volta a ativa!

A história desse gênio da computação iniciou na universidade, quando criou com seu colega Steve Wozniak a Apple Computer, e seus primeiros computadores, o Apple I e o Apple II. Mas o projeto que iria colocar a Apple na história se chamava Macintosh, utilizando a interface gráfica de ícones agradável sem a qual não poderíamos nos imaginar hoje. Todo mundo aí tem idéia de como eram os primeiros computadores antes disso?
Espia aí então, a direita.

Sim, eu sou um apple maníaco, mas não, não sou tendencioso. o OS (sistema operacional dos macs) é, e é muto superior ao windows, e está cada vez mais acessível, mesmo aqui no Brasil, onde sempre foi um artigo de luxo. Para entender a importância do retorno de Jobs à Apple, vou resgatar alguns fatos da história. Em 1985, por incrível que parece, o fundador, criador de tudo, revolucionário Jobs foi "convidado a se retirar" da sua própria empresa pelo seu conselho de administração. Daquelas coisas que só o mundo dos negócios é capaz de fazer.

Nesse período, os espertalhões do conselho de administração quase faliram a Apple, enquanto Jobs criava a NeXt (a NeXt criou o Mac OS X, o fantástico sistema operacional que a Apple usa hoje) e de quebra comprou a Pixar (que era da LucasFilm) e criou o primeiro filme infantil animado exlcusivamente feito em computador. Estamos falando do revolucionário "Toy Story". A beira da falência, a Apple comprou a NeXt do Jobs, e trouxe o gênio de volta. Aí vieram os Imacs, que recolocaram a Apple no mercado, depois o Mac OS X, e aí logo apareceram os brinquedos que todos conhecem: Ipod e Iphone, sempre abusando do design, da beleza e da alta qualidade. Só quem tem um macintosh sabe por quantos anos se pode usar tranquilamente um computador da Apple. E o gênio está de volta, mais uma vez...



Na foto ao lado, os eternos rivais, Jobs e Gates. Quem roubou a ideia de quem? Assistam o filme, leiam a respeito, e tirem suas próprias conclusões...




Para quem não conhece as maravilhas da Apple, vou deixar duas pequenas amostras, e são computadores antigos, lá no início de 2000. Hoje em dia já se encontram Macs em grandes lojas sem muita dificuldade. Quem ainda não brincou com essas crianças, está mais do que na hora de conhecer a Apple além de de Iphones e Ipods!



Think different.

Confira uma amostra de "Os Piratas do Vale do Silício".

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Mundo de dois clicks!


Já faz um bom tempo, alguns anos na verdade, que a comunicação mundial mudou. A internet virou tudo de cabeça para baixo de uma maneira tão revolucionária que é quase uma piada estabelecer paralelos. A nova geração, a tão falada Y, nem sabe mais imaginar como era antes! Mas esse tema já é tão batido que não há mais nada a dizer. Nada a declarar!

Mas apesar desse conhecimento que já temos sobre essa revolução, algumas coisas ainda deixam espantados até mesmo os usuários mais antigos da comunicação virtual. O pessoal lá do ICQ, do mIRC e Cia Ltda. Tudo é em tempo real. Sim, em tempo real. O fenômeno da multiplicação está estabelecido em um número tão grande de fontes e meios, que só lista-los já é tarefa massante e cansativa.

Então o que mesmo seria capaz de chamar atenção? Susan Boyle. Susan Boyle seria capaz de chamar a atenção! Esta irlandesa quase cinquentona, que desbancou a pretensão de um programa de talentos de transformá-la na piada da semana, e consegui se transformar na personalidade do momento. Em menos de um mês, após fazer uma impressionante interpretação de I dreamed a dream, do musical Os miseráveis, ela se tornou uma celebridade. Após a apresentação no Britain's Got Talent, um dos jurados do programa, Simon Cowell, já anunciou que pretende fazer um filme com a história da nossa heroína. E para representar Susan, nada mais nada menos do que Demi Moore.

Do anonimato para a celebridade em alguns dias, devido a uma apresentação de não mais do que 10 minutos, e mais de 100 milhões de acessos no You Tube. O mundo conheceu Susan pelo site de hospedagem de vídeos. Lá, o equivalente a quase metade da população do Brasil se emocionou, assistiu, repetiu a dose, contou para todo mundo, comentou no blog, enviou email, e assim a irlandesa que mora em um vilarejo em Blackburn, West Lothian, vai ser imortalizada no cinema. 2 clicks que mudaram uma vida em alguns dias. Susan foi entrevistada por televisões de alguns países, outras músicas já varreram a internet como um tsunami! São 15 minutos de fama. Sim. Vão mudar a vida de Susan. Sim. Mas o que impressiona mesmo, a capacidade da mídia atual criar maremotos com a mais simples das histórias. Em 2 clicks se corre o mundo.

É tempo de exposição. Todos os canais de informação estão interligados, não importa o país, a cidade, a localidade, não importa a língua, nada mais importa. É tempo real. Mas sobretudo, é tempo de clãs. De fãs clubes, de tribos. É tempo de blogs interligados, de grupos, é a geração internet que trabalha junto, compartilhando tudo. Essa é a grande diferença. A informação estar disponível é o fato. Como ela caminha pelas tribos é que são elas!

A geração internet (Y) compartilha tudo. Hoje não mais consultamos tabelas técnicas para saber qual o melhor carro para se comprar. Consultamos foruns, onde milhares de pessoas fazem questão de ir lá compartilhar suas experiências reais. Essa é a grande chave. Aqui está o diferencial do momento. As pessoas compartilham. Suas opiniões, suas músicas, seus vídeos, as suas novidades, então o mundo gira em segundos! Nas 23h 56m 4,09 s que a Terra demora para executar sua manobra de rotação em torno de seu eixo, uma desconhecida vira celebridade. Uma celebridade é reduzida a pó por um simples video feito do celular do vizinho, tudo postado em alguma site e pulverizada em milhares de blogs, sites, e lavadas de "boca a boca", que agora tem realmente uma leitura megalomaniaca.

Susan Boyle compartilhou com todos nós os seus sonhos. Provou que era possível, e o mundo inteiro conferiu, compartilhou, aplaudiu, se emocionou e adicionou aos favoritos. Juntamente com outros 1.760.987.981.909.090 vídeos!

I dreamed...


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