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segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

O Brasil a Ferro e Fogo.

É ferro. É fogo.

É básico. Todos sabem. Ninguém poda um arbusto indesejável em um jardim. Arranca-se ele com sua raiz, inteirinha. De nada adianta cortar uma folha ou outra, se é da raiz que ele renascerá.

Vejamos a crise das crises no nosso país. Alavancada pelos políticos que se tornaram os donos do poder justamente por passar a vida toda afirmando ser imunes as velhas práticas políticas eleitoreiras e governistas. Quanto mais folhas são arrancadas, mais se percebe o quão profundas são as raízes.

Mas o que se faz com essas raízes?

Quem já fez campanha algum dia em pequenas cidades pode ver mais de perto porque as coisas são assim. Com certeza já ouviu: “ Tudo bem, teu candidato é simpático, gosto dele, mas o que eu ganho com esse voto? Amanhã é domingo e ainda não tenho carne pro churrasco! Nem fiz o rancho do mês! Estou com a conta de luz atrasada! Ah sim doutor, eu troco o cartaz do outro candidato lá da porta da frente, mas tem que valer a pena né...”

Muitas vezes a mesma mão que bate é a mão que alimenta. Em muitos setores. Na política não é diferente. Quem é culpado, o político que arrecada fundos e costura manobras ou alguns eleitores que “trocam” seu voto?

Os dois. Os dois lados. Dois de dois, ou seja, todos. Não todos os componentes de cada lado, mas alguns. Alguns de ambos os lados. Culpados por corromper. Culpados por serem corrompidos. E ainda, os culpados por saber, e nada fazer.

A corrupção é a violência dos poderosos. O motivo pelo qual um político usa seu poder para outros fins que não o de trabalhar para o povo é o mesmo que leva um assaltante a puxar o gatilho por um tênis falsificado: A impunidade. Essa é a palavra chave para o Brasil.

O ser humano não é perfeito, está muito longe disso. É fraco, é suscetível, é “negociável”, “ajustável”, tem seu limite, e muitos seu preço. Alguns bem baratos, como promoção de final de feira. Claro que existem exceções, mas nem da pra saber se as exceções são os corretos ou os incorretos. Pode-se deduzir, mas não saber. O homem pode sucumbir. Uns menos, outros mais, outros ainda muito mais. Mas o que define mesmo isso é a impunidade. Se quem tem a tendência, e percebe a oportunidade, e sabe que nada acontecerá depois, fará. Se temer o que acontecerá depois, no mínimo pensará.

Mesmo nossas leis velhas, antiquadas e muitas vezes até ridículas precisam ser cumpridas. Mas quem manda nelas? Judiciário. Lindo, cheio de concursos, muito estudo e... Independência? Não. As autoridades máximas do judiciário são, (PASMEM!) escolhidas pelo presidente da república.
Ora. Vamos recapitular. Temos três poderes.O executivo, na figura do presidente. O legislativo, nas figuras dos senhores “com anel de doutor” (segundo definição da nossa atual autoridade máxima executiva), e o judiciário.
O legislativo está ao lado do executivo. Negociando, aprovando, trancando, articulando, as vezes sem mesada, as vezes com. Mas sempre ganhando alguma coisa para direcionar seu voto. Seja ilegalmente, seja “legalmente”, com aprovação de seu projeto, liberação de verba para sua região... Por que afinal de contas, sua região que o coloca lá! Como então liberar verbas e aprovar projetos que beneficiem seus eleitores, se volta e meia não aceitar uma barganha do executivo, necessitado de seu voto para suas aprovações... Há independência entre legislativo e executivo? Nem de longe.
Ah, mas o judiciário é independente, os caras nem negociam com os outros poderes! Sim. Seria ótimo. Se o poder judiciário não tivesse como comandantes ministros. Ministros, escolhidos pelo presidente da república. Opa! Como assim? Assim mesmo. O poder judiciário tem como chefes, pessoas indicadas pelo executivo. Independência? Rá, rá, rá.
Vivemos numa monarquia democrática, mas ninguém nos avisou... E o pior, nossos comandantes há muito não se perguntam: “Que rei sou eu?”.

O Brasil precisa de ferro e fogo!
Todos precisam saber que se não andarem na linha, a linha os cortará.

Ninguém vai querer superfaturar uma obra pública, sabendo que na cadeia não se pode comprar nem uma pizza! Pizzas! O prato preferido dos três poderes. Opa, três? Ou um?
O cinto de segurança existe há muito. Mas só começou a salvar vidas quando teve custo pra quem não usasse. Quem sabe as leis não começam a ser cumpridas, caso se tenha certeza do custo de ignorá-las!

É possível acabar com a corrupção?
Não!
Sempre haverá. É a natureza humana em exercício. Mas podemos suportá-las em níveis “aceitáveis”, banindo um ou outro que se aventura.
Como?
Punindo, prendendo, banindo da política. Arrumando as leis que mandam prender sem fiança quem mata um passarinho a bodocadas e que soltam assassinos condenados em meia dúzia de anos. Quando são presos.
E o povo aquele que troca churrasco por voto, deveria saber, quanto custa ao país, que é dele, aquela carninha de domingo...

Por que da maneira que estamos, logo, logo quem não vai aceitar as pessoas de bem, moralistas chatos e corretos, são os corruptos, covardes e ladrões!

Brasil?
Sim, mas só a Ferro e Fogo!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

POA 40 graus.









Irmãos! Devemos ter nossa participação no sacrifício!

Desligue o ar condicionado, abra a janela e sinta a retribuição do planeta aos nossos cuidados para com ele...

Trabalhe arduamente, sem parar, tome bastante café e muito chimas, não abra a geladeira, esqueça os ventiladores, não ouse cometer o sacrilégio de entrar na piscina, sinta o sopro da natureza, abra os vidros do seu carro, use somente o ventilador, o ar puro e agradável das nossas belas vias asfálticas...

Não é uma maravilha?

Faça isso se você adora jogar garrafinhas plásticas na rua, se você ama jogar o toco de cigarro o mais perto possível da grama, ora ora, se você não dá bola para as queimadas nas matas, se adora uns casacos de pele bem reais, se acha que a madeira tem que vim mesmo boiando rio abaixo para produzir belos armários, se você apóia totalmente a utilização das margens dos rios pra plantar uns pezinhos de qualquer coisa vendável!

Você fica indignado com os alagamentos, que prejuízo absurdo seu carro alagando, seu motor indo pro espaço, a forração, os bancos... Mas você odeia aqueles pavimentos com pequenos blocos de concreto separados por grama, que inferno para os saltos altos! Troquem isso, façam de asfalto, concreto, impermeabilizem tudo! Por meu sapato!

Como assim uma bacia de contenção no prédio? Mas que custo é esse, vejam o preço dessa obra! Pra que isso! Não serve pra nada! Deixe a água que bate em nosso telhado ir para a rua, azar se antes de construirmos essa água penetrava no solo, é tão pouca área perto da cidade toda, não vai fazer direfença...

Então você considera o greenpeace um bando de loucos? Ah sim, então pegue um banquinho, vá até a esquina mais próxima composta por duas ruas asfaltadas, sente-se sob o sol, não beba nada, não use boné, óculos, apenas fique ali por algumas horas, sinta o bronzeado tomando conta de sua pele. De preferência sem camisa. Veremos então, quem é o louco...

Se você acha que a superpotência americana está certa em não assinar tratado nenhum de redução de poluição que cause alguma perda na sua impressionante indústria, ora, vá morar em Nova Orleans!!!

E tem gente que duvida que o “dente por dente, olho por olho" seja o mais perto da justiça...

Veja o olho, o olho do furacão, arrancando telhados e dentes americanos, em um estupendo aviso que não é ouvido, esse é o olho... E quando será a hora da cabeça toda?

E viva a natureza!!!

Por Rico, engenheiro civil, favorável ao progresso, mas a favor da vida, diretamente de Forno Alegre 40 graus, a cidade maravilha da beleza e do caos!

Artigolândia

Buenas, buenas! Bem vindos caros visitantes, a este pequeno ensaio de um apaixonado pela arte da escrita!

Não que eu seja um artista, muito menos que eu escreva arte, mas bem... Vamos tentar traçar algumas linhas interessantes!

Os assuntos serão diversos, os comentários permitidos, as críticas consideradas, e o estímulo ao pensamento garantido!

Aqui na Artigolândia, os maus serão culpados, os bons admirados, e como num conto de fadas, as opiniões respeitadas e discutidas!

Dá-lhe Brasil, o país antes do fim do mundo!


Arti, o Rico da Artigolândia
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