"Re: Aquilildo, tenho mais o que fazer, pega você, não sou teu secretário!"
"Re: Re: Severonildo, todo mundo sabe que você fica fazendo fofoca o dia todo, faça algo de útil pela empresa".
"Re: Re: Re: Aquilildo, sem o devido respeito, vai-te a merda! Que todo mundo sabe que você corre que nem um maluco para todos os lados e não chega a resultado nenhum!"
É bomba. Normalmente em discussão de e-mails como esta acima, temos gerentes, diretores e colegas copiados. Porque não tem graça bater em alguém se ninguém testemunhou. É aí que o outlook vira ringue.
Uma das ferramentas de negócio mais revolucionárias da nossa geração, o e-mail, é também um dos maiores meios de transporte para discussões, intrigas, desentendimento e irritações. Em um mundo de negócios cada vez mais pressionado e tenso, turbinado ainda pela crise financeira do momento, as organizações e seus colaboradores andam no limite do equilíbrio. E o e-mail é uma excelente ferramenta para terminar de retirar o bom senso das pessoas, e provocar um efeito dominó de raiva e ataques interpessoais.
Em menos de 15 dias, assisti de perto (e até participei, dessa vez copiado/de camarote) três eventos desse tipo. Um resultou em funcionário indo para casa no meio de expediente, outro em caso de quase demissão, e outro com direito a uns tabefes e demissão. Não necessariamente da minha organização, porque esse problema é geral. Com graus diferentes, também dependendo do tipo de pressão que a empresa (ou se nicho) opera, mas é geral.
E não vai parar. Aliás, tende a aumentar. As novas gerações utilizam muito mais os canais virtuais, o que aumenta consideravelmente a quantidade de assuntos resolvidos por e-mail, portanto... Mais galo de rinha para os ringues! Adiciona-se a falta de tempo, problemas que exigem cada vez mais respostas rápidas, pressão, pressão, pressão...
E não vai parar. Aliás, tende a aumentar. As novas gerações utilizam muito mais os canais virtuais, o que aumenta consideravelmente a quantidade de assuntos resolvidos por e-mail, portanto... Mais galo de rinha para os ringues! Adiciona-se a falta de tempo, problemas que exigem cada vez mais respostas rápidas, pressão, pressão, pressão...
E para quem acha que nunca viveu isso eu pergunto: Nunca mandou e-mail bomba para uma namorada(o)? Esse problema não se resume ao ambiente de negócios, mas em todas relações interpessoais que caem na rede. E tudo hoje cai na rede.
A solução é a mesma das discussões normais. Mais difícil por um lado, mais fácil pelo outro. É mais difícil porque sem ver a pessoa se perde metade ou mais da percepção do ênfase da palavra. A linguagem corporal as vezes diz mais do que as palavras, e a falta dessa visão torna muito mais dífícil o controle. O lado mais fácil é que o "contar até 10" pode ser mais de 10. Ou pode ser um cafezinho... Ou chá gelado... O negócio mesmo é esfriar a cabeça, botar a bola no chão e lembrar que não existe vencedor numa situação dessas. O diretor, ou gerente copiado no e-mail nem se preocupa em quem tem razão, porque nenhum tem. E se tinha, perdeu quando entrou nesse jogo. O big boss só pensa uma coisa ao ler um e-mail bomba: "Onde foi que amarrei o meu cavalo!"
baixaria@bomba.bum.gr
Acho graça quando vc fala desses emails bomba, nao consigo visualizar isso funcionando...me parece distante...
ResponderExcluirEu por exemplo nem lembro que tenho email no trabalho....e os setores aqui não costumam se comunicar via email. Tem funcionários que dizem usar o msn pra isso...(aham hehe).
Concordo que as vezes facilita mas nada como estar observando a expressão da pessoa.
E eu sei bem disso....
Beijos Ricardinho
Duas ponderações:
ResponderExcluira) nessas horas, fico feliz de não trabalhar no meio corporativo.
b)falando conceitualmente, troca de farpas por e-mail em geral sõa ruins e não conduzem a soluções melhores que seriam alcançadas mais certamente - e mais facilmente - falando-se olho no olho.
Mas não deixa de ser um bom recurso, às vezes... hehehee
Então!
ResponderExcluirAcho que em cidades menores as organizações ainda não são tão dependentes dos emails, mas quando se fica mais perto dos grandes centros, e empresas com muita gente... Aí o bicho pega. É email pra todo lado, e pressão em todo mundo!
É bomba!