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sábado, 24 de outubro de 2009

Computopia

Algumas previsões, entre tantas feitas, acabam se confirmando. A pequena imagem acima, tem 40 anos, e veio do Japão. 40 anos atrás, os japoneses vislumbraram a interação homem máquina, o avancó tecnológico controlado e a serviço da humanidade. Previsão ou delírio, boa parte se confirmou, ou está a caminho da confirmação. Estamos realmente evoluindo rápido com a robótica, com a inteligência artificial, e isso que nem temos a informação atualizada. Até pode ser paranóia minha, mas sempre imagino que estamos pelo menos 10 ou 20 anos defasados das descobertas de ponta. De ponta, eu quero dizer das pesquisas onde tudo realmente acontece, e certamente isso não é em laboratórios com endereço e CNPJ.

Deixando a paranóia de lado, é interessante ver uma previsão como essa, fazendo 40 anos de idade estar tão próxima da realidade. As vezes nos superamos em alguns fatores, talvez com alguma ajuda externa, talvez sozinhos, de qualquer maneira fica muito difícil saber alguma coisa aqui do lado de fora. Entende-se o que quero dizer com lado de fora, né? É fato que a ciência está voando rápido, nas questões que interessam, obviamente. Sim, porque a medicina só avança rápido mesmo em relação às doenças de massa, de grande volume de venda, de medicamentos. Nas de menor ocorrência, bem... Claro que não é só na medicina, em outras pontas tecnológicas é o mesmo caso. Ou alguém aí tem dúvida que já existem soluções para a substituição do petróleo à décadas? Ih, mas hoje esse artigoleiro está mesmo cheio de paranóias. Quem sabe. Talvez daqui a 40 anos possamos saber, assim como essa imagem japonesa nos mostrou sua perspectiva de realidade.

E se fossemos agora, neste fim de 2009, montar uma imagem de um momento 40 anos mais velho, que cara ele teria? Será que ele se pareceria como a imagem japonesa, mais aperfeiçoada, com computadores com cara de Steve Jobs, ou será que iremos para o lado contrário? Será mesmo que nossa meta será a evolução tecnológica, avanços, inovações? Ou teremos um novo ciclo, ou melhor, o retorno de um velho conhecido ciclo... Será que nossa sede pela "evolução" não acabou ferindo o maior dos organismos vivos que conhecemos? E se isso realmente aconteceu, e ao que tudo indica já aconteceu, quais serão as consequências? Talvez, e apenas talvez, a evolução que se espera de Nós não seja bem à relativa a computadores, máquinas e outros brinquedos. Ou talvez também seja, mas que essa evolução não pudesse nos fazer esquecer das demais, e principalmente, essa evolucão permitisse que o nosso maior organismo vivo, e a única razão da nossa existência continuasse sem ferimentos.
Tarde demais? Ainda não sabemos. Mas esse organismo, o maior deles, a Terra, tem nos avisado. Ou comunicado. Ou avisou, não adiantou, e agora está nos comunicando, com no mínimo um grande desastre natural por semana, que talvez nosso próximo desafio seja bem mais simples e ao mesmo tempo bem mais complexo, do que criar máquinas e subir arranhacéus.


Nós da Terra podemos imaginar que desafio seria esse?

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