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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Tribos & Tribos


Já faz algum tempo que eu compro um pacote de críticas. Sim. Tem compras que fizemos que traz, invariavelmente um pacote de "mas porque? Está maluco? Porque isso?" Um desses pacotes, que eu compro volta e meia é o BBB. Não acompanhei todos. Devo ter visto de fato, umas 4 edições. Incluindo a 9, onde acompanhei bastante. E agora acompanho a 10, e seu pacote de críticas.

Na 9, o que me prendeu foi o balanço do barco. Se considerarmos uma casa isolada com um grupo de pessoas como uma ilha, ela fica interessante em algumas edições. Depois, se tornou repetitiva e chata. Jogar, não jogar... Os "brothers"foram entendendo o jogo. Então a Globo, com seu diretor que é várias coisas, mas não bobo, passou a casa para um barco. Mudou a ilha isolada, mas estática, par um barco. E barcos são sujeitos a ondas e balanços das marés. Porque digo isso? Simples. Uma ilha está parada, e sujeita ao comportamento apenas das pessoas que lá estão. E assim foram várias edições do BBB, e por isso algumas delas foram ficando chatas e mornas. Então o Boninho passou a ilha BBB para barco um barco, porque assim ele pode agitar tudo. Se está tranquilo, a produção vai lá e balança. Sacode, provoca, priva de sono, cria conflitos, planta sementes de discórdia, e assim torna a ficar interessante como no início onde a fórmula era novidade.

Nos primeiros BBBs, "jogar" era feio. Massumi derrubou isso, em uma das edições que assisti e gostei. Agora a moda é jogar bonito, desde que com "lealdade." Sei. No BBB 9, Boninho dividiu a casa em 2, deu certo, parcialmente. Um lado, o B, de BBB, entendeu o jogo e seu uniu. Dizimou o lado dos panacas do A, que se engalfinhavam entre eles. No 10, Boninho foi ainda mais adiante, e dividiu a casa em 5 tribos. Bem distintas, que são: Sarados, Belos, Coloridos (GLS), Cabeças (sei) e Ligados (são os que não entraram em nenhuma outra). Mas como no 9, nem todos entenderam que o grupo precisa se proteger para sobreviver, e as tribos não se mantiveram unidas. Porque foram pré-escolhidas. Não se uniram por afinidade, foram unidas por serem mais características de uma tribo específica. Salvo os coloridos, que fazem isso sem anunciar., os outros grupos não se unirem, como o lado B. O interessante é que as tribos deveriam funcionar, mas não funcionaram. As pessoas simplesmente não fecham com quem deveriam fechar, e é isso que torna esse circo interessante. As tribos não funcionaram.

Mais interessante ainda, é o grupo (extremamente fraco, perto de outras edições) não reconhecer o óbvio, e ainda jogar errado. O jogo é sobre tribos conviverem, e eles não conseguem. Simplesmente elegeram um deles (Dourado, ex-BBB, lutador bruto sem polimento) e caçam ele sem trégua, além de lecionar infinitas aulas de como ele deveria ser., como ele deveria se portar e tudo mais. Observem, no BBB sobre convivência em tribo, os caras querem ensinar como alguém deve ser. É a mais monstruosa das contradições. Aí alguém diz lá: Sim, esperava o que do BBB. Pois é. Realmente, esperava mais. Mas afinal, espera-se muito do povo brasileiro, e as coisas não saem como deveriam. O BBB é sim um mini observatório do Brasil. Muitas tribos, pseudo respeito, total intolerância, e muita, mas muita mesma hipocrisia. E adivinhem quem são os mais preconceituosos? Há! Justamente quem passou a vida lutando contra o pré-conceito! Os coloridos!

Tribos? Aham, desde que longe uma de outra...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Como se não houvesse amanhã.

Aqui na Capitolândia existem dois programas de rádio, primos próximos, de emissoras concorrentes, cujos integrantes vivem trocando de lado. O engraçado é que eles tocam o cacete um programano outro, uma emissora na outra, e depois trocam. É engraçado. Mas engraçado mesmo é ouvir eles. Tanto um como o outro. As vezes um é melhor, as vezes o outro. Brigaram durante um bom tempo pelo mesmo horário. Finalmente chegaram a conclusão que não adianta canibalizar, e rodam em horários diferentes e consecutivos. Bom para o ouvinte, que se diverte nos dois. Então eu ia para casa essa semana, após um dia daqueles pesados no trabalho, quando ouvi em algum dos programas que não lembro qual era, uma história interessante. Confesso que até tentei procurar na rede algo a respeito, mas não achei, o que é incrível. Mas tudo bem, porque confio naqueles caras, então deve ser verídico o fato.

Seguindo a linha da Onda, uma professora americana resolveu fazer uma experiência: Disse para seus pequenos alunos, crianças de pouca idade, que o mundo estava acabando. Não consigo imaginar por que razão ela fez isso, mas trilhando a linha positiva, se pode chegar na nossa conhecida frase poética da legião Urbana: "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã". Pode. Talvez ela quisesse fazer com que as crianças ligassem para seus pais, que ocorresse enfim, uma comoção positiva nas horas finais de vida. Vendo o lado positivo, né. Porque ela poderia perfeitamente fazer isso só por curiosidade de assistir as reações, que obviamente, foram diversas. Em um dos vídeos que circula por aí, da tragédia do Haiti, uma mulher percebendo e filmando tudo ao seu redor ruindo diz: " É o fim do mundo!" Então a professora fez uma experiência que certamente muitos já viveram, porque se você mora na cidade que está ruindo, seu mundo está sim acabando. E algumas crianças simplesmente desligaram, desplugaram do mundo, outras começaram a chorar em desespero, e ninguém acabou amando nada dessa situação. O que é o esperado, na verdade. Pânico e não amor. Provavelmente a professora do fim do mundo não conseguiu seu objetivo, se é que ela tinha algum.

No fim, isso só comprova que nem em momentos que se tem certeza que não há amanhã, é difícil amar as pessoas... Amar as pessoas como se não houvesse amanhã é difícil, muito difícil.Imagine então, quando se pensa que sempre haverá um amanhã...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Avisos...

Demorei.

Demorei para escrever sobre o Haiti, porque esses fatos me enlouquecem. Não posso nem mesmo ler muito a respeito, porque saio do sério. Terremotos tem acontecido ao longo da história, é verdade. Catástrofes naturais sempre aconteceram, é verdade. Agora sabemos muito rápido de todas essas coisas, é verdade. Mas apesar de tudo isso, está diferente. Esse tipo de acontecimento está sim, diferente. Eles ocorrem semanalmente. Trocam de país, de povo, mas acontecem. Alteram as porporções e consequências, mas acontecem semanalmente. E chega cada vez mais perto. Não de mim. De todos. Porque como pipoca na panela, não se sabe qual a próxima a estourar. Não se sabe qual a próxima cidade que vai ser alagada, que vai tremer, que vai queimar com temperaturas absurdamente altas, ou que vai congelar inteira a ponto de quase parar tudo. Não se sabe qual ponte o rio vai levar, ou qual praga nova vai aparecer.

Os sinais não cansam de chegar, e nós não cansamos de ignorar. E o Haiti que já era um país em delicadíssima situação, com uma história complicada demais, está agora completamente destruído. E o mundo ainda não se deu conta, nem os governos, nem as cidades, que a defesa civil, o exército e tudo mais que temos disponível em termos de apoio precisa ser treinado, equipado e estar alerta para ajudar o mais rapidamente possível os futuros soluços da natureza. Porque na redenção, pelo menos a médio prazo, eu já não acredito mais. Os soluços do planeta vão continuar, e nossas cidades irão sim ruir, um pouco cada uma, uma de cada vez. Nada de fim do mundo. Mas o fim de muitas pessoas, e de seu mundo.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Lost, independente de Obama.

Quase perdidos, de novo.
Finalmente a contagem regressiva está prestes a terminar, e Lost voltará as telas para o tão esperado final. O seriado mais complexo que já acompanhei chega ao momento de responder a todas as perguntas, espera-se, e nada pode atrapalhar. Nem mesmo o todo poderoso presidente americano ousa mexer nessa data. O presidente americano faria o pronunciamento anual de metas no dia da estréia da derradeira temporada, alertado por um repórter sobre o conflito de datas, a reação da Casa Branca foi rápida, o porta voz Robert Gibbs fez a seguinte declaração:

“Eu não vejo a possibilidade de um cenário onde milhões de pessoas que esperam pela temporada final de Lost sejam contrariadas pelo presidente. Seria um grande problema para a ABC, portanto o discurso será adiado.”

Por essa nem eu, lost maníaco assumido, esperava! Após essa declaração a Casa Branca remarcou a data do pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, e tudo em respeito à John Locke e sua tribo! Tal qual o governo americano, com seus departamentos ocultos, seus agentes tão secretos que provavelmente nem eles mais controlem, Lost deve nos presentear nos próximos dias com as tão esperadas respostas das perguntas que iniciaram anos atrás.

Se já sabemos porque haviam ursos polares em uma ilha tropical, ainda esperamos saber do que, ou de quem se trata o lostzila de fumaça. Se agora conhecemos o misterioso Jacob, se sabemos que ele existe, ainda falta saber quem era seu lado negro. E talvez, e é nisso que eu aposto, Lost seja tal qual a natureza, de uma simplicidade tão complexa que pode ser entendida. Compreendida, mas não recriada. Eu sigo na aposta que Lost nos conta a velha guerra do bem contra o mal. Desde o início foi essa a mensagem, assim como desde o início do mundo foi assim que vivemos. Vejo Lost como um mini-mundo, uma simulação onde pessoas simples somadas com pessoas complexas, em um mundo onde as regras não tem muito valor, onde as leis são relativas, e onde as dúvidas sempre são mais numerosas que as respostas. E se Lost está perto, muito perto de ser compreendido definitivamente, nós, seres humanos, parecemos estar cada vez mais longe de entender a razão de tudo. E talvez Lost nos mande a mensagem. Talvez. Apenas talvez. Mas mesmo assim, poucos entederão, como poucos entendem o que acontece hoje... Porque a maioria das pessoas do nosso grande mundo, com seriado ou sem seriado, seguem Lost...


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O ovo virado e o bom humor

Eu sempre tive a mania de, quando chego em casa, dar aquela descansada básica, assistindo qualquer coisa que não causa masturbação mental, enquanto faço um lanche ou simplesmente fico jogado na cama ou sofá. Daí que se origina meu vício em seriados, que tem o tempo adequado para essa "hora da bobeira". 40 minutos, e aí sim, começo as atividades produtivos da unidade casa. Então, lá estava eu, naquele momento "deixe minha mente submersa em besteiras", curtindo Os Normais quando ouvi o casal filósofo fazendo algumas considerações muito pertinentes. Os Normais, retrato da vida cotidiana, série de enorme sucesso e abusrda criatividade e inteligência, nos enviou o seguinte recado, sobre bom humor, e sobre ovo virado!

Segundo a visão dos normais, e eu precisei concordar, o bom humor permite que você faça coisas estupidas sem pagar o ônus devido. Claro, estamos falando de pequenas coisas estúpidas. Ninguém vai virar o carrinho do pipoqueiro no parque só porque está sorridente. Mas talvez seja possível roubar uma porção de pipoca do vizinho dando risada sem levar uma bolacha. Eu disse talvez. O vizinho também precisaria estar de bom humor, e não de ovo virado. Seria uma especie de autorizaçao para bancar o idiota, rindo por ai e curtindo. Tirando com a cara dos outros, sacaneando geral. Desde que não acerte o ovo virado de ninguém, sim, me parece que o cidadão bem humorado, e que prova através de gargalhadas idiotas e sorrisões exuberantes e injustificados, esse palhaço tem alguma autorização a mais. Estar bobo autoriza o bobo a ser bobo sem apanhar por aí. Até me vi situação de mané, levando um olé de algum bobo alegre. Me vi ficando puto, em seguida me acalmando vendo o estado de paspalho do bobão, e depois, deixando barato. O bom humor tem suas vantagens. Quase todas, na verdade.

Então vem o ovo. Normalmente o cidadão já acorda com ele virado. Ou no máximo acorda com ele quase virando, só precisando mesmo de um empurraozinho mínimo para virar de vez, e passar o resto do dia furioso. Então as reações a tudo e todos fica totalmente desproporcional. Um furão de fila no restaurante vira um inimigo mortal, sujeito a levar uma pratada na cabeça. E o olhar do ovo virado denuncia que o cara não está para brincadeira. Todo mundo te respeita, por medo. Se alguém se apresente de ovo virado, e esse alguém interage com outras pessoas em condições normais de temperatura e pressão (lógico que se o ovo virado se bater com outro no mesmo estado, tudo vai parar nas vias de fato), acaba levando como vantagem o fato de as pessoas geralmente fugirem de confusão. Se o sujeito tem reações malucas para qualquer fato, cotidiano, transpira agressividade e incoerência, então as pessoas vão abrir excessões, ceder o lugar na fila e fazer outras concessões em pról do bem estar.

Então é válido dizer que as pessoas bipolares estão sempre em condição favorável? Quando hiper de bem com a vida, colhem concessões como bem, humorados. E quando piradões, colhem concessões baseadas no medo ou indisposição de se estressar de graça por parte de outras pessoas. Bem, eventualmente até pode ser. O bem humorado sempre terá mais facilidade, até porque, na nossa correria maluca do dia a dia, é sempre bom encontrar boas risadas por aí. Descontrai, e torna tudo mais leve. Agora, o ovo virado até pode levar vantagem em alguns momentos, mas ele sempre, mais dia ou menos dia, vai encontrar outro doidão de ovo mais virado ainda. E se esse ovo for de avestruz ou coisa assim, vai quebrar o ovo menor, com a facilidade que se quebra uma casca de ovo. E depois que a gema invadir a clara, não adianta ficar de bico, o pinto já era! Portanto, desvire o ovo, e sorria! Ou vai querer ficar sem gema?

Ato I - A década na política.

Política: denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados. (Wikipedia)

Gosto muito, quando da analise de textos e documentos, de buscar as palavras chave, e então mergulhar no contexto como um todo. Então, vamos! Ciência. Organização. Direção. Administração. Aham. Imaginem os políticos tendo ciência, só para começar. E depois organizados como uma empresa de verdade. Dirigir, ok, até dirigem, as vezes sem saber para onde, ou para interesses próprios, enfim. Aliás, vejo o político como um executivo que entra em uma empresa não para trabalhar para ela, mas sim para fazer currículo. Ele procura sempre desvalorizar o colega e tenta drenar para si todas as glórias. Suga tudo o que pode, faz nome e segue até conseguir um convite para uma organização maior. O político, pelo sistema eleitoral como é, não trabalha para o povo. Trabalha para fortalecer sua imagem, para favorecer seus patrocinadores, apoiadores, sempre custurando alianças e conchavos. A fórmula não permite que de certo.

A década da política brasileira passou por fatos interessantes. Dois líderes dominaram a cena, e foram bem, principalmente se comparados aos antecessores desastrosos. Tanto FHC, quanto Lula, embora em lados opostos do ringue, fizeram acontecer muita coisa sim. Mas foram mesmo só os líderes. Porque no resto, foi vexame atrás de vexame. Prefeituras cheias de esquemas, deputados mensaleiros, e senadores vergonhosos humilharam o Brasil, com seu povo sem sangue nem glória apático, "idiótico". Sem pulso, sem nada. Sempre cito o povo, porque para mim, é um dos maiores responsáveis pela vergonha que é nossa classe política. É o povo que vota, né? Dinheiro em meia, em cueca, parlamentares comprados, totalmente ignorantes, que não sabem nada sobre os assuntos sobre os quais votam (Tens dúvida disso? Assista o CQC). Os lideres lideraram, e colocaram sim o Brasil no cenário mundial. Favorecidos por conjunturas? Pode ser, mas estamos no cenário. E é isso que fica. Mas, claro que teve custo. Do PT só sobrou mesmo Lula, porque o partido certo, correto e único justo caiu por terra nos maiores escandalos de corrupção do Brasil. PSDB, de FHC, também não saiu ileso, muito menos o gigante sem cabeça PMDB. Idem para o resto todo. Foi assim que o Brasil foi. Bem de líderes, péssimo no resto.


Menos sorte tiveram os americanos. Estes viveram tempos humilhantes com um presidente vexatório, que não se cansou de fazer besteiras do início ao fim. Desde a eleição, que né. Sei lá. Não vou explicitar aqui. Vai que a CIA esteja monitorando a Artigolândia. Oito anos da era Bush arremessaram os EUA nos braços do fenômeno político da década. Barack Hussein Obama, o primeiro presidente negro, de discurso forte, de mudanças, um tsunami de popularidade mundial. Yes, we can. Não lembro de um político de qualquer país ser comemorado em todos os cantos do mundo. Inacreditável. Esperança, inicio de governo, é assim que Obama chega em 2010. Com a missão de tirar o império do buraco. Líderes em antagonia total, governando com seus pilares políticos amarrados, conservadores. E lá se vai a América, com um dos piores da história começando a década, e a maior esperança assumindo no apagar das luzes dos anos 2000.


Lá no velho mundo, quem diria, os líderes deixaram de ser tão importantes. Sarkozy, Angela Merkel, o super polêmico Berlusconi e cia ltda, quase que passam desapercebidos no contexto político da década. Nada muito grande aconteceu por lá depois do euro em 2002, e da fragmentada União Européia. Eles dividem a moeda, mas não as visões políticas. Os ricos europeus tiveram que acolher os pobres, e pagar a conta. Alguns protestos, alguns posicionamentos, apoios a um, a outro, discussões, euro, união européia, mas assim, personagem político, de fato, não. Ou podemos citar Tony Blair apoiando a guerra mentirosa do Iraque, né. E logo no velho mundo, logo na Itália, logo na terra do Senado Romano, um primeiro ministro agredido, no rosto. Caspita!

E então a América, Latina. Ou, Vermelha, Latina. Nós, assim como nossos vizinhos, quase todos, se renderam ao vermelho. A esquerda domina amplamente os latinos, dos mais aos menos radicais. Para ser ter idéia de quão vermelha está a Latina das Americas, o nosso, o Lula, está lá embaixo no medidor vermelho. Está quase no lado "direita"do termômetro que tem no lado vermelho o futuro ditador Hugo Chavez, da petrolífera Venezuela, Evo Morales, da Bolivia, o equatoriano Rafael Correa, e Fernando Lugo do Paraguai. A desastrada Cristina Kirchner que vem até cerceando a imprensa, e alguns outros, menos esquerda do Uruguai e cia. Avermelhou a tal ponto, que acendeu a luz amarela na América. A outra. E os EUA já começam a montar bases na aliada Colombia de Álvaro Uribe. Preocupante, eu diria, no mínimo, a situação da América Vermelha. Os vermelhinhos que se comportem, porque né, Fidel foi, mas outro Castro ficou, e a pobre ilha, coitada, cada vez mais miserável naquele modelo utópico falido e decadente. Só espero que a América, a nossa, não se abrace nessa...





Mas tem mais por aí. Os doidos Mahmoud Ahmadinejad do Irã, e o ditador Kim Jong II da Coréia do Norte só querem é saber de bombas atômicas. Que beleza, o do Irã chegou a negar o holocausto. Nem sei porque eles estão aqui, na retrospectiva da política, já que de políticos eles não tem muito, mas enfim. E os super emergentes não poderiam ficar de fora. China e India, os gigantescos países com bilhões (bilhões) de habitantes tiveram importantíssimas decisões políticas. Abriram suas economias e decolaram rumo ao crescimento sem limites. Bagunçaram a economia mundial, definiram outra era com seus exércitos de consumidores e operários intermináveis com custos baixos. É tempo dos titãs. A Rússia, um dos BRICs que assombram os velhos donos da economia mundial conheceu Putin, um presidente marcado pela repressão aos movimentos separatistas. E ela vem crescendo também.





E assim roda o mundo, com seus políticos definindo tudo. Os homens que comandam o circo do mundo nem sempre desempenham o papel de malabaristas, de domadores de feras, de mágicos criadores de esperança ou de leões que reinam na selva. Muitos se salvam, mas muitos acabam mesmo é fazendo o papel de palhaços. E por aqui ficamos, no quesito política, em ano de eleição!

E com a palavra, como combinado, meu contra-ponto, Daniel.

Ah, e desculpem-me os palhaços, talentosos artistas, por serem comparados com alguns políticos...




Vira virou.

Aqui e acolá. Virou. E virou tudo. E virou de cabeça para baixo. O que era pobre cresceu, o que era rico cambaleou, e virou. Virou o ano, virou a década, a Terra girou, o porco espirrou, o verde virou cinza, o euro é dolar, as bolhas estouraram, e os bolhas também. Virou 2009. Encerrou-se um ciclo. Uma década. Uma década maluca, de guerras postiças e de símbolos derrotados por aviões. De heróis portadores de esperança, e de anti heróis cheios de nada. O mundo entra doidão em 2010. Muita coisa aconteceu. Alguns dizem que essa década mudou o mundo. Até discordo. Porque, né, sempre muda. Toda década muda. Algumas mais, outras menos, porém alguma coisa sempre muda. Ok, essa mudou bastante. Então, até discordo, mas até concordo. Essa década mudou o mundo.

Veremos o que vem agora, então, após essas mudanças todas. É, o tempo de retrospectiva, na verdade, é antes da virada. Mas dezembro é dezembro, não há tempo para nada, estamos resolvendo as pendências do ano, pensando nos passos futuros, e aí sim, depois do balanço final, entre passado, presente e futuro é que fica claro que é importante mesmo. Então é agora que vamos rever, comentar e espalhar por aí as opiniões do que ficou dessa década que viu de tudo um pouco. A partir de hoje iniciamos aqui na Artigolândia a temporada de retrospectiva, dividindo por assuntos principais.


Aqui, no Brasil, quase tudo deu certo. Se é conjutura global, se é sorte, se foi o Lula, se foi herança do FHC, isso nem tem lá muita importância afora a política. O fato é, o Brasil cresceu. Já não é mais um menino na beira do rio. O verde e amarelo está abrindo espaço, se tornando um país de importância global como nunca foi, e tem condições de mais. Isso se o povo, os políticos, as leis e o judiciário ajudarem, claro. O povo não foi o primeiro citado por acaso. Não foi. Mas que o jogo virou, ah virou. E estamos do lado de cima. Mas o Brasil também alagou, teve conquistas no esporte, e tem até cinema próprio! Agora as empresas brasileiras é que fazem compras no mercado mundial! Ora!

E no globo. Se um sobe, outro desce. Então os países em desenvolvimento, Brasil, China, Rússia, Índia e cia sobem. E os EUA, boa parte da Europa, descem. Os grandões precisaram liberar cadeiras para os filhotes que eles criaram, colonizaram e deixaram aí, consumindo. Bom, economia é um dos tópicos que serão abordados. O fato é que agora o mundo é um só. A comunicação instantânea bagunçou geral, estressou geral, e todo mundo sabe de tudo. Ao mesmo tempo. Essa década viu a geração Y chegar ao mercado de trabalho, assistiu estarrecida o último aviso da natureza em tsunamis devastadores. Essa década, viu as torres em chamas, sentiu na pele as bolhas das .com e do setor imobiliário americano. Teve esperança com Obama, se descabelou com Bush, com a Coreia do Norte, com o Irã, e com a cara de pau da guerra do Iraque. E a poluição, os fiascos, as evoluções e os trambiques. Os personangens, e os comportamentos. Ah os comportamentos...

Enfim, temos muito o que falar. O presente é nosso, o passado já passou e o futuro está escondido. E como eu gosto de falar, mas também gosto de ouvir, e gosto que me convençam que estou errado, e gosto que reconheçam que estou certo, convidei o amigo e colega blogueiro Daniel para fazer o contra-ponto das opiniões aqui da Artigolândia.

Fogos ao alto, porque a Terra está girando mais rápido.

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