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sábado, 30 de maio de 2009

Aprendiz 6 - Universitário - Parte I

Primeiro: Abaixo o pré-conceito.

Detonar reality-shows é preferência nacional. Mas, porém, contudo, não obstante... Eles tem muito a ensinar sim. Até mesmo o BBB, mas esse merece um livro, não vamos entrar no mérito. Estamos aqui para trocar uma ideia sobre outro fenômeno da Tv brasileira, O Aprendiz do Roberto Justus.


Fui obrigado a interromper a série de artigos de Roteiros e Turismo para não perder o momento do episódio final deste programa que é o mais lucrativo da Record, e principalmente porque ele é orquestrado por um grande executivo brasileiro. Para quem não sabe, hoje o Brasil já é um grande exportador de executivos.

Em 2007, o executivo brasileiro era o sexto mais bem pago do mundo, segundo pesquisa da Mercer. É também um dos mais requisitados no mundo dos negócios internacionais. Mas este será o assunto do próximo artigo de negócios...

Voltando ao Aprendiz 6: A sexta edição do reality selecionou desta vez um universitário que iria embolsar 1 milhão de reais e ganharia um "estágio"de 10 mil por mês na Young & Rubicam, compania de marketing e comunicação do Justus e primeira no Brasil nos últimos 6 anos. Não se pode negar o poder dessa premiação para um universitário. Praticamente encaminha a vida profissional de qualquer um entre 20 e 25 anos, tanto pelo dinheiro quanto pela visibilidade.

O programa consistiu em 15 tarefas, as duas equipes Best e Maxxi realizam as tarefas lideradas por um membro, e quem perde tem uma cabeça demitida, e assim segue o baile que vamos resumir rapidamente agora:

Best é: Ana, Mariana, Rebeca, Álvaro, Lucas, Rutênio, Pedro, Raíssa e Carla.

Maxxi é: Marina, Karina, Stephanie, Rodrigo, Maitê, Rafael, João, Taila e Guilherme.


Quem demite? Roberto Justus, com os conselheiros Walter Longo (executivo da Y & R) e Claudio Forner (Sebrae e empresário)





As tarefas:

Tarefa 1 - As equipes deveriam criar, montar e administrar um espaço para promover e vender o novo salgadinho Doritos.
Líder Best - Carla, simpática e fraca
Líder Maxxi - Stephanie, Antepática e mandona

Best vence, dá um baile na Maxxi que além de fazer a receita errada, não tinha planejamento algum.
Demitido: Guilherme, estudante de Comunicação Social, por falta de comprometimento.



Quando se fala que só é necessária uma maçã em más condições para estragar todo o cesto, é verdade. Não que o Guilherme seja essa maçã, mas alguém desmotivado desequilibra qualquer time. Tem que ser removido.

Recompensa da Best: Viagem a Orlando, com visita na Universal Studios.

Tarefa 2 - Treinamento com o exército brasileiro, na selva!
Líder Best - Ana, perdida
Líder Maxxi - Rodrigo, boa liderança

Maxxi venceu com folga, inclusive com Best esquecendo completamente um membro do time. Piada. O desempenho da equipe Best foi tão ruim, que teve duas demitidas, Carla e Raissa. Mais uma genialidade do Justus, já que a equipe malandramente toda indicou a mesma pessou pra ser explodida. Recado dado, complô não funciona no mundo dos negócios (sempre que o CEO for esperto, lógico).
Demitidas: Carla, publicitária e Raissa, comércio exterior.





Essa tarefa trabalha essencialmente com um componente, que é muito importante no mundo dos negócios, a pressão. Nenhuma resistiu. Resistir a pressão e se manter equilibrado é até bem raro, só não podemos ter no nosso time membros que podem ser o ponto fraco da muralha e oferecer uma entrada na nossa fortificação. Resistir é uma coisa, administrar outra. Também é possível conviver com traumas à pressão, só não pode comprometer o time todo.

Recompensa da Maxxi: Viagem para Aruba!

Tarefa 3 - Criar e apresentar uma matéria sobre a TAM, seu programa de fidelidade com seus 15 anos.
Líder Best - Pedro, comandou mal, e apresentou pior ainda.
Líder Maxxi - Karina, com boa equipe fez o dever de casa.

Entrando na onda da Rebeca, jornalista, a Best enfiou os pés pelas mãos e fez um péssimo material, acompanhado de uma apresentação pior ainda, administrada pelo líder.
Demitido: Pedro, auxiliar de desenvolvimento de projetos.





Se tem uma coisa que deve ser observada em um trabalho de equipe, é prestar atenção ao nome da brincadeira: Trabalho de equipe. Embora um especialista da área a que se destina o trabalho final, um grupo multi-disciplinar sempre se sai melhor se tiver espaço para opinar. A prepotência é fatal no trabalho em equipe.

Recompensa da Maxxi: Viagem a Itália.

Tarefa 4 - Vendas de objetos diversos pelo maior valor possível.
Líder Best - Lucas
Líder Maxxi - Marina
(Karina passou para a Best)

Dessa vez a Maxxi se atrapalhou na ansiedade. A venda era feita como um desespero. Um favor. Please, se vender algo for tratado como pedir um favor, estamos perdidos! Stephanie e Taila, que insistiu demais em vender uma passagem aérea para agências foram as piores.

Demitida: Taila, administradora. Baixo rendimento, teimosia absurda no erro.





Quando um líder de equipe não dá o tom do discurso de uma tarefa que é totalmente "hora da verdade" (frente a frente com o cliente), é impossível a tarefa não sair torta. As pessoas precisam ser treinadas, isso é função do líder. Se ele não tiver essa capacidade, precisa identificar o melhor da equipe no assunto, e relizar o treinamento. Nem vou falar de insistir em uma estratégia que visivelmente não deu certo e nunca daria. Taila foi por esse motivo. Merecido.

Recompensa da Best: Ecoturismo no Rio Grande do Sul.


Tarefa 5 - Executar uma promoção de celular da Palm, cada equipe em uma universidade. A promoção também deveria levar o maior número de pessoas para um show da promoção.
Líder Best - Mariana
Líder Maxxi - Maytê

Mais uma vez, a Maxxi se atrapalhou pela pressa. Focaram em arrastar as pessoas para a festa comemorativa, e fizeram um stand na correria e atropelaram tudo. A Best montou tudo bonitinho e focou no produto. A Maxxi focou na festa.

Demitido: João, sem noção, questionou a honestidade do programa e do próprio Justus. Hã?




Tinha muita gente que poderia ser demitida nessa tarefa, mas aí, acontence mais um perfeito exemplo de mancada no mundo dos negócios. João Granja se sentiu perseguido, injustiçado e fez inclusive uma listinha dos favorecimentos que a Best teria tido nessa prova. E o pior, ele era um canditado forte. Resolveu explodir a si mesmo atacando o Justus e a seriedade do programa. Claro que o Justus acabou com ele, discussão que acabou indo para telejornais da Record, após o programa. Que barbárie. Vai João!

Recompensa da Best: Viagem a Miami.



Tarefa 6 - Melhorar a qualidade de vida de idosos que moram em duas entidades, cada equipe com a sua.
Líder Best - Rebeca, perdida
Líder Maxxi - Rafael, foi bem
(Karina retorna para a Maxxi - seus concorrentes resolveram tornar ela favorita para vencer o programa, tsc tsc)

Desta vez, quem caiu feio foi a Best. Simplesmente não concluiu a tarefa. A dupla Rebeca e Ana dominaram o campinho, criaram oportunidades de se destruir (como pintar as camas, para que?) ao invés de realmente melhorar a qualidade de vida dos idosos. A Maxxi fez um bom trabalho, consistente. Temos então a primeira demissão, ao meu ver, injusta. Quem acabou de vez com a Best, foi a Ana, e a suz infeliz ideia de pintar as camas. Claro que a líder, e sua fiel escudeira, permitiu tal insanidade. Seria a segunda opção.

Demitido: Rutênio, por não ter ficado quieto! E por não saber escrever!




A exemplo do João na prova passada, Rutênio ao invés de deixar outros serem demitidos, foi se oferecer! Entregou uma carta besta ao Justus onde teria alertado a líder que ela estava sem foco, claro que sem falar nada com nada, e ainda com erros de português. Rutênio, menos! Bem menos! Lição corporativa: Se não tem nada a acresentar, fica quieto, e não fala besteira.

Recompensa da Maxxi: Ir ao sítio do Justus, bela oportunidade de se aproximar do big boss.


Tarefas 7 a 15 e análise final, amanhã, neste mesmo bat canal, neste mesmo bat horário...



segunda-feira, 25 de maio de 2009

A pequena Sintra dos Palácios!

Faltou tempo em Sintra! Menosprezada antes de conhecer, a pequena cidade de Sintra foi um das mais agradáveis surpresas no meu roteiro turístico por Portugal. É um pequena cidade muito característica e com belíssimos castelos. Caminhar pelas ruas estreitas e tranquilas de Sintra transmite uma paz impagável em uma viagem de turismo corrida. O número de palácios impressiona, são eles: Palácio Nacional da Pena, Palácio Nacional de Sintra, Quinta da Regaleira, Palácio de Seteais, Palácio de Monserrate, Palácio Real de Queluz (foto esq.) , e ainda o Convento dos Capuchos e o Castelo dos Mouros. Apesar de pequena, Sintra merece um dia de visita, chegando bem cedo. Vale a pena.

Entre tantos castelos e palácios em tão pouca área, os que realmente valem a pena visitar internamente e dispensar um bom tempo são o da Pena e a Quinta da Regaleira. Os demais uma visita externa está de bom tamanho, embora caminhar pelas muralhas do Castelo dos Mouros deva oferecer uma vista fantástica (não consegui visitar este, faltou tempo!)

O Palácio da Pena (fotos acima e a esq.) é uma representação do Romantismo arquitetônico do século XIX, é considerado uma das 7 maravilhas de Portugal e realmente o faz por merecer. É importante verificar os horários de visitação, e para chegar no palácio é necessário tomar uma espécie de bondinho, pois ele fica no Parque da Pena que proporciona belos passeios pelos seus jardins amplos com inúmeras construções. É uma visita para pelo menos 2 horas.

O Castelo dos Mouros fica isolado num dos cumes da serra de Sintra, edificado sobre um maciço rochoso e cercado por belas muralhas. A vista do castelo medieval é muito ampla e ainda guarda a lenda de Melides, em que Nossa Senhora teria aparecido aos templários que rumavam ao castelo para derrotar os mouros. Com lenda ou sem lenda, os critãos acabaram derrotando os mouros e conquistando o castelo.



Seguindo a maratona de Palácios de Sintra, destacam-se ainda o Palácio Nacional (ou Palácio da Vila) (foto acima) e o Palácio de Monserrate (foto dir.). O Palácio Nacional foi um dos palácios reais e hoje pertence ao estado, sendo utilizado para fins turísticos e culturais. E o faz com maestria, em 2008 foi o palácio mais visitado de Portugal. Assim como o Palácio da Pena, Monserrate é um exemplar do romantismo português, foi construído por um Visconde e adquirido pelo governo em 49. É claro que uma visita a Sintra não deve se limitar a entrar e sair dos belos palácios que esta pequena cidade oferece. O lugar transmite tanta tranquilidade que ficar jogado pela cidade, caminhando ao vento (mais frio que Lisboa) e provando doces e especialidades do comércio local é um excelente programa! Como sempre em viagens (assim como tudo mais na vida), o equilíbrio costuma ser a melhor opção.

Mas entre todas essas maravilhosas edificações, o que apresenta a história mais interessante e contempla uma visita guiada recheada de histórias e informações apaixonantes é a Quinta da Regaleira. O Palácio da Regaleira em si é um dos componentes de uma propriedade de 4 hectares recheados de jardins, lagos, grutas, e diversas estátuas e construções enigmáticas que ocultam significados ligados a alquimia, a Maçonaria, aos Templários e a Rosa Cruz. Contratado o passeio guiado pela Quinta, o guia segue um determinado roteiro que simularia um suposto ritual de iniciação Maçom. Esse passeio é realmente muito interessante, e foi um dos pontos mais altos do turismo em Portugal. A foto a esquerda mostra o Patamar, formado por 9 estátuas dos deuses greco-romanos. Uma das obras mais interessantes é o Poço Iniciático, constituído por 9 patamares fazendo referência a Divina Comédia, de dante. No fundo do poço se pode ver a Rosa dos Ventos, e acrdita-se que o poço era usado para rituais de iniciação na Maçonaria. O poço é ligado por túneis que também fariam parte do ritual de iniciação, passando por pequenos lagos através dos quais se pode passar em um caminho de pedras isoladas. A Regaleira ainda reserva uma belíssima Capela da Santíssima Trindade e uma Torre que daria a quem sobe a impressão de estar no eixo do mundo. Não há dúvida que a visita guiada da Regaleira é programa obrigatório para quem aprecia a uma boa dose de mistério e fotografias excelentes. Assim deixamos Sintra, a pequena notável que surpreende pela quantidade, qualidade e importância de suas edificações. Levamos de Sintra também uma belíssima gripe, que iria nos acompanhar por quase todo o restante da viagem... Mas esse é um pequeno detalhe que não deveria ser tão importante, desde que todos lembrem que na Europa é muito difícil comprar remédios, principalmente antibióticos...



Saindo de Sintra, uma passada com direito a jantar "à brasileira" em Cascais é uma boa pedida, mesmo no inverno vale a pena conhecer essa pequena vila portuguesa que hoje é um dos destinos mais apreciados por portugueses e estrangeiros. Cascais tem várias fortificações, mas bonito mesmo é dar uma espiada na Boca do Inferno, ao som das potentes ondas confrontando o rochedo.








Próxima parada: Milão, a capital mundial da moda, charmosa e gelada!

domingo, 24 de maio de 2009

Lisboa, de boa!

Chegando...
Turismo quase em casa! Foi assim que passei por Lisboa! A conexão era em Malpensa, Milão, aeroporto bem grandinho e com respostas em italiano, mesmo as perguntas sendo em inglês. Conexões cansativas, muitas horas... TAM, Alitália, Portugália e finalmente, após quase 20 horas, Lisboa! Evidentemente que foi um rolo para encontrar as bagagens, deram como perdidas, preenchi a papelada toda, entreguei as chaves dos cadeados, e quando estava saindo achei elas, na porta do banheiro (o aeroporto de Lisboa é quase uma rodoviária, bem pequeno mesmo). Levei as malas, mas saí tão p. da vida que deixei as chaves dos cadeados. O divertido é que quando eu estava pronto para estourar os cadeados, minha irmã abriu a mochila, que estava com 6 cadeados, mas o compartimento principal ainda dava para abrir. Great!



O tom da cidade...
Turismo leve, convivendo no dia a dia português. Assim foi minha semana em Lisboa! Exatos 30 minutos após chegar na casa da minha irmã, saimos caminhar com alguns amigos brasileiros e um portuga para o Parque Eduardo VII, no norte da lindíssima Avenida Liberdade (foto). Descemos até o centrão (foto abaixo), quase no porto. Tomamos um café (em Lisboa não se vai tomar um chopp, se vai tomar um café!). Na noite janta com brasileiros, alguns casados com portugas trazendo algumas perspectivas bastante interessantes sobre Portugal. Um ponto que me chamou atenção durante os 7 dias em Portugal foi a nostalgia. Muito forte mesmo nas faculdades, a sensação de ter sido uma super potência dos descobrimentos e agora ter que engolir boa parte da europa desconsiderar Portugal como parte do bloco, recebendo ajuda financeira da comunidade e sendo um dos pobres entre ricos certamente abala o povo português. Nas ruas é bem perceptível que os "colonizados" vieram cobrar a conta. Ouvi até de um médico português a seguinte frase:"Fomos lá e pegamos a riqueza deles, agora eles estão aqui para buscar a parte deles. estão no direito." Os dois primeiros dias foram de jantas, nivers, cafés, de mistura com portugueses e entendendo a cultura local.





Começando o turismo...

Na zona Oriental de Lisboa, o Parque das Nações (Expo, como é chamado por lá) foi palco de uma grande exposição internacional em 98 com o tema Oceanos. É um lugar impressionante, destoando da velha Lisboa, exala modernidade. Tudo é novo, grande, espaçoso, com uma arquitetura diferenciada e com grande movimento. Shopping, Cassino, e o poderoso Oceanário (foto) de Lisboa, segundo maior do mundo. Tudo imperdível. O prédio do oceanário já manda o recado: não deixe de entrar! O parque todo é muito legal de caminhar, tudo muito bem cuidado e em crescimento. O Centro Comercial Vasco da Gama oferece muitas lojas e restaurantes, com toda pinta moderna de um grande shopping.


A velha Lisboa que eu esperava começou a se mostrar nas caminhadas pelo bairro Alto, Chiado e Baixa. Alfama (foto) também é muito agradável de se caminhar, é um dos bairros mais típicos que acolhe a maioria das casas de Fado. Ruas estreitas, casas caindo aos pedaços, com aquela arquitetura que conhecemos tão bem, velhos portugas pela rua e os bondes, nostálgicos bondes para todo lado. São lugares para caminhar sem pressa e sem objetivos. Curtir o visual e o clima, tirar fotos, e usar muita imaginação para se deixar levar a outros tempos... É imperativo comer um bacalhau numa Tasca, pequeno restaurante que normalmente fica na região central e tem toda aquela cara antiga, com as tradicionais cerâmicas e um clima de outros tempos... É muito bom caminhar pelo Chiado e Alto, é possível sentir a história que todo aquele lugar viveu, e ainda se vê muito as figuras que ajudam ainda mais a nossa mente recriar essa história tão influente em nossa vida. Para nós brasileiros é indispensável tomar um café no A brazileira (foto), um belíssimo café, super tradicional que tem na frente uma estátua de Fernando Pessoa. No interior do café existe uma mini-banca de jornais, quando fui fotografar a pitoresca banca, a senhora que lá vendia seus jornais se escondeu da foto com tal ímpeto que devia acreditar que minha máquina ia levar a alma dela embora! Cena muito divertida, saí rindo sozinho depois de provar o excelente café a brazileira.



Um dos poucos momentos que me senti incomodado em Lisboa foi quando fui até a Praça do Comércio (ou Terreiro do Paço), que fica na Baixa Pombalina.Vale lembrar que a Baixa foi destruída por um terremoto em 1755, reconstruída já com certo planejamento. A Praça foi, lá nos tempos dourados de Lisboa, a principal entrada marítima da cidade. Eu fiquei imaginando quantos barcos aqui aportaram trazendo riquezas extraídas do nosso país. Nos acessos, uma rua chamada Rua do Ouro. Confesso que me doeu ler aquela placa. Uma certa revolta toma conta do pensamento. Apesar desse sentimento de "foi por aqui que nos roubaram", é uma linda praça, imponente e que forma realmente um perfeito encontro da cidade com o mar.






O Castelo de São Jorge (ou Castelo dos Mouros) fica no ponto mais alto do centro histórico, e oferece uma belíssima vista da cidade. É um lugar bem agradável e vale a pena reservar algumas horas para circular nas suas muralhas. O melhor mesmo é a vista que ele oferece. No caminho para o Castelo está a Catedral da Sé, uma mistura de estilos, com interior escuro e uma bela fachada no estilo românico.



O bairro da cidade que mais representa a época dos descobrimentos é Belem, que é junto ao Tejo e tem algumas das mais belas edificações de Lisboa. O Mosteiro dos Jeronimos (foto acima) é um edifício muito impressionante. Gigantesco, encanta em todos os detalhes. Até as portas são magníficas obras de arte. A Torre de Belem (foto esq.) é uma edificação belíssima, reflete influências islamicas e orientais, tinha funções de defesa e fica numa área bem aberta, um convite para caminhar e se jogar pelos gramados que a cercam. Outra belíssima edificação, essa porém já moderna, é o Centro Cultural Belem (foto dir.). Concebido originalmente para acolher a presidência portuguesa da comunidade européia, hoje é voltada para a cultura. Lá se ve muita gente lendo, estudando, em cafés em um amplo e moderno espaço. Tem manifestações de arte diversas e até um museu de desing. Não existe passar por Lisboa sem provar um Pastel de Belem! Especialidade da gastronomia tradicional portuguesa, os pastéis de nata são encontrados bem próximo do Mosteiro, é uma delícia imperdível acompanhada de um bom chocolate quente!


Na noite de Lisboa...
A noite de Lisboa é uma surpresa positiva. Sinceramente eu não esperava que tivesse tanta variedade e fosse tão bacana. Mas é. E minha estada em Lisboa foi recheada de programações, graças a turma enorme que me acolheu por lá. Além das diversas jantas na casa do pessoal, alguns lugares merecem ser comentados. Uma visita ao Cassino de Estoril (o maior da Europa), que fica a 18 Km de Lisboa, vale a muito a pena. É um ambiente muito bom. Fomos lá apenas tomar um café e conhecer, evidentemente. Jogo não é comigo. Mudando radicalmente de ambiente, fomos ao Chapitô (foto dir.), um restaurante que na verdade é um projeto cultural, fica junto ao castelo de São Jorge e tem uma vista maravilhosa. O ambiente é muito gostoso, cultural mesmo e de uma criatividade fantástica. É imperdível. Outra casa que não se pode deixar passar em branco, também criativo ao extremo é o Pavilhão Chinês (foto esq.). Tem uma fotografia impressionante, e totalmente voltado para proporcionar o local perfeito para bater aquele papo cabeça. Rodando pela cidade, passamos pelos bares do cais, são vários, um ao lado do outro. Um lugar mais turístico onde o público era bem mais estrangeiro do que portugês. Vale a pena conhecer, mas não dispensaria muito tempo lá. Um bairro para se perder várias vezes é o boêmio Bairro Alto (foto abaixo). Por lá passamos em uma casa de Fado, a música portuguesa cantada por uma só pessoa e acompanhada por uma viola. Ela relfete perfeitamente a nostalgia portuguesa, e particularmente, uma boa dose de tristeza e melancolia. Mas é um programa obrigatório tal como ouvir Tango em Buenos Aires. O Alto tem dezenas de bares, com música, animados, com entradas livres e alta circulação entre um e outro. Se leva uma noite toda só para passar rapidamente por todos eles. O pessoal circula pelas ruas até mesmo no forte do inverno, e tem vários estilos, para todos os gostos! A noite é bem forte nessa região, mas a esticadinha em uma grande casa noturna mais cosmopolita também vale a pena. Após o Alto é legal esticar até uma dessas casas, eu conheci a Lux, mas aconselho a ir em grupo, e de preferência com mulheres junto. Lá tudo começa muito tarde, 2 horas, e termina cedo, da manhã.


Para finalizar...Piada de português!
Juro que não inventei, isso me foi contado por uma mestranda portuguesa. Estavamos passando de carro por um monumento meio montado, então perguntei a razão do monumento estar metade no chão, e a resposta não podia ser mais surpreendentemente confirmadora. "Pois, desmontaram para limpar, mapearam, marcaram as peças, mas depois perderam o mapa." No more coments! Peguei o bonde e me mandei pra Sintra, próximo artigo!



segunda-feira, 18 de maio de 2009

Série Mochilão - O Planejamento.

Tudo começa pelo período disponível para a viagem। Verão, inverno, ou qualquer coisa no meio deles। Mas normalmente nossos compromissos profissionais é que acabam determinando quando começa a odisséia। E foi assim mesmo, em um período entre troca de organizações, que defini as datas!

O segundo passo já dificulta um pouco mais: Destinos! A europa tem tantas opções que definir os países já é um desafio e tanto, e ainda temos as cidades! Três ou quatro países. Esse é o número para não fazer "turismo japonês" em 32 dias. A origem familiar, a simpatia, o momento, tudo influencia na escolha. Mas o prático mesmo é o processo por eliminação. Tendo uma irmã fazendo mestrado em Portugal e amigos em Madrid e Barcelona, o roteiro ficou centrado em países de língua latina. A Itália já era obrigatória para quem já tem encaminhado até passaporte italiano, acrescenta-se França e pronto. Um sopa de países de lingua latina. Suiça e Austria estão nos planos. O pré-roteiro é corrido, otimizar ou cortar vai ser a dúvida seguinte...

Então vem a parte divertida, a pesquisa! Site de mochileiros, livro de dicas sempre do lado da mesa, ligações pra quem já foi, e muito, muito tempo na internet vendo tudo que se refere aos destinos. A ordem das cidades, o meio de transporte entre os países, e fechar horários, hostels e hotéis, é um quebra-cabeças que dá bem mais trabalho do que se pensa. O roteiro ainda é extenso, muitas cidades. O tempo vai ficando curto para conhecer grandes cidades, tempo perdido em aeroportos e viajando acaba exigindo uma decisão: Austria e Suiça estão fora. Na questão dos transportes, a lenda do europass acaba caindo por terra.Voar é barato e rápido, e acaba tirando fora dos planos os famosos trens europeus.

Como toda viagem, sempre acaba aparecendo uma surpresinha. Uma terceira organização entra na jogada, e talvez a viagem tenha que ser cancelada por motivos profissionais. Passagem comprada, mas ameaçada. Passa um bom tempo, tensão aumenta. Chega o momento de decidir.Ou recomeça o planejamento, ou aborta a viagem. O cenário profissional não muda, e a viagem acaba valendo o risco. O planejamento está retomado, quase 60 dias depois de começado. Mas agora o conceito já é outro. A maratona foi definitivamente abolida, França que exige mais tempo é cortada e os países são definidos: Portugal, Itália, Espanha e República Tcheca. Os tchecos entraram a pedido de novos parceiros de viagens, dois portugueses irão acompanhar os irmãos por uma parte da viagem!

Lisboa, Milão, Praga, Veneza, Florença, Roma, Barcelona e Madri são as cidades principais. É por elas que passam as hospedagens, aviões e trens. Nas cidades grandes, 4 noites, um número bom, ainda que se tenha cuidado com horários de chegadas e saídas para que 4 noites não virem 3 dias em Roma e 5 em Barcelona. Todos os detalhes fazem diferença na correria de uma viagem com tanto a conhecer. Vou sozinho a Lisboa, lá, fico quase uma semana, e prossigo com minha irmã e dois amigos portugueses para Milão e Praga. Um dos portugueses segue ainda até Veneza. Florença e Roma só os irmãos. Em Barcelona nos aguardam amigas, e ex colegas de MBA e Madri um casal de amigos. Todas as hospedagens foram encontradas e reservadas na excelente http://www.hostelworld.com/, quando não estávamos hospedados com os amigos. Trens na Itália. E de resto, easyjet, ryanair e algumas outras companias locais. Nas escolhas dos hostels, a localização é fundamental, lockers bem vindos, e os outros detalhes que vão aparecer melhor no artigo de cada cidade, pois agora o planejamento está concluido! Que decole o primeiro avião! Lisboa vem aí!

domingo, 10 de maio de 2009

Agenda: A semana da Artigolândia

Pois bem. Nesta semana vamos iniciar os atrasados trabalhos de uma viagem nem tão recente pela europa. Já que o momento é de se manter longe de aeroportos, vamos usar nosso diário de bordo de odisséias passadas.

Eu sei. Os textos da Artigolândia são extensos demais, mas... Sei lá! Como não há um público alvo definido, nem mesmo uma referência para o que escrever, não há também um motivo para se preocupar se os textos estão gigantescos demais. Eles vão ter o tamanho que precisam, para informar o que precisam! Oras! Em particular, os da série que virá a seguir tem boa chance de serem grandes mesmo, mas vão dar todas barbadinhas sobre os lugares que vamos abordar. E assim, serão um bom material de pesquisa para quem estiver bolando um roteiro para as seguintes cidades:

- Lisboa
- Sintra
- Milão
- Praga
- Veneza
- Florença
- Roma
- Barcelona
- Madrid
- Toledo
- Segóvia

Todos a bordo? Prometo que aqui, não é necessário usar máscara! Não tem nenhum porquinho espirrando por perto!

Senhoras e senhores, favor apertar o cinto, nesta semana vamos voar pelos diários de bordo vindos da europa, lembramos que não é permitido fumar a bordo...


sexta-feira, 8 de maio de 2009

Negociar é preciso!

Hoje, sexta feira, a criatividade não visitou esta mente que vos fala, então, falamos de negócios...ou não!

Para quem pensa que negociação é assunto pra executivo interessado em fazer carreira e ganhar muito dinheiro, guess what? Não é não!

Precisamos negociar a cada minuto da nossa vida. Desde pedir a mesado do mês para o poderoso papai dos nossos 8 anos, até uma promoção com o presidente da nossa organização. E em casa, não tem negociação? Provavelmente negociamos mais em casa, com nossa família, com amigos, do que profissionalmente! Ou você acha mesmo que sua mulher pediu o cartão de crédito enquanto você estava indo pro futebol por que ela ia no mercado? Nada disso, ela pediu como contra-partida por deixar ela sozinha no sábado a tarde para ir vendo um bando de pernas de pau levar goleada e ficar detonando a mãe do juiz! E mais, você deu porque era final de campeonato, e não tinha tempo a perder discutindo o assunto, ou ia acabar sentando no colo do vendedor de amendoin!

Pois bem, vamos espiar um material bemmmm básico sobre negociação, mas que nem todo mundo presta atenção que, aplicando isso no dia a dia, as coisas podem sair bem mais redondas e a vida pode ser bem mais leve...


Fases da negociação:
• Preparação;
• Discussão;
• Proposta;
• Barganha;
• Encerramento / Acordo.

+ Argumentação (conhecimento do tema);
+ Convecimento;
+ Credibilidade;
+ Sedução;
- Agressividade:
- Rispidez

Os 4 princípios da negociação, segundo Harvard:
• Separar as pessoas do problema;
• Foco nos interesses e não nas posições (procurar o próprio interesse real, bem como da outra parte);
• Gerar variedade de opções para ganho mútuo;
• Insistir para que o resultado seja baseado em um critério objetivo.

George Hohlrieser:
6 habilidades para resolver conflitos:
• Criar e manter o vínculo até mesmo com o adversário;
• Estabelecer um diálogo e negociar;
• Pôr o peixe sobre a mesa;
• Entender a causa do conflito;
• Usar a lei da reciprocidade;
• Construir uma relação positiva.
Dicas gerais:
• Saiba sua MAANA (melhor alternativa) antes de entrar em qualquer negociação;
• O preço de reserva de cada parte determina as extremidades ZAP (zona de acordo possível);
• Não negocie só dinheiro, crie oportunidades.


O sucesso na negociação passa por três pilares principais:



Informação Tempo Poder


Informação:
• Não tenha receio de admitir o que não sabe;
• Não tenha receio de fazer uma pergunta;
• Faça perguntas abertas;
• Assunto;
• Fatos;
• Aspectos disponíveis;
• Aspectos pessoais;
• Estratégia.

Tempo:
• Nunca revele seu prazo;
• Se possível, reduza o tempo da outra parte;
• Use o tempo como fator na negociação.

Poder:
• Raramente um lado tem todo poder;
• O poder pode ser real ou aparente;
• O poder só existe até onde ele é aceito;
• Relações de poder podem mudar com o tempo;
• Teste seu poder.

Tipo de negociador:
• Tubarão – Ganha. Tem necessidade de ganhar sempre.
• Carpa – Perde. Vai pra negociação com o pensamento que não é possível ganhar.
• Golfinho – Ganha-ganha. Tem habilidade, joga.

E você, qual a sua cara? É tuba? Carpa tatu ou golfa?

Você escolhe o final!!!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Sr. Leitor, estaremos...

Sr. Leitor. Esta é uma noite muito especial para todos nós, e o Sr. teve a felicidade de ser sorteado! Temos absoluta certeza que após essa noite, sua vida nunca mais será a mesma! Para que sua felicidade seja completa, disque agora o número do seu cartão da previdência social, somado ou seu CPF e multiplicado pelo seu RG. Após esta sequência digite 2, e estaremos imediatamente disponibilizando seu prêmio exclusivo! Este maravilhoso prêmio super especial será entregue na porta da sua casa, e para isso basta que o Sr. se inscreva no site a seguir www.site.a.seguir.com.rr.

Após recebermos a confirmação do seu cadastro, estaremos ligando para o Sr. e confirmando o seu interesse no exclusivo plano de acesso ilimitado à qualquer coisa que seja de seu interesse! Impressionante não é mesmo Sr. Leitor? A partir da efetivação do seu pedido do plano de acesso ilimitado à qualquer coisa que seja de seu interesse estaremos disponibilizando ainda completamente grátis, um novo prêmio super especial! Mas este é secreto! Um presente novíssimo em folha que vai deixar o Sr. e toda sua família em estado de extase!
E atenção! Esta é realmente uma noite de muiiiiiiitaaaaaa sorte Sr. Leitor! Caso o plano escolhido tenha fidelidade de apenas um ano, o Sr. e sua família recebem agora, neste exato momento, um brinde da nossa loja associada SexuShupp Ltda! Confira agora mesmo as possibilidades excitantes que esperam pelo Sr. nas opções de brindes em www.sexu.shupp.com.rr e faça on line sua escolha! Feita sua escolha on line, estaremos enviando seu contrato de adesão no plano 2.800 que o Sr. acabou de confirmar quando digitou o número 0 no seu telefone! Parabéns mais uma vez pela escolha!
Não Sr., lamento informar, mas já não é mais possível cancelar o pedido! No momento que o Sr. digitou o número premiado, a confirmação do contrato foi enviado ao nosso setor jurídico, que aprovou imediatamente a criação da sua conta, e o seu boleto já foi emitido! Para cancelar a contratação do seu plano de acesso ilimitado à qualquer coisa que seja de seu interesse, basta esperar o término do prazo de fidelidade de 1 ano, que estaremos disponibilizando o formulário de cancelamento, que deve ser preenchido on line em 24 minutos após o término do contrato, daqui a exatos 12 meses! E para sua comodidade, caso não haja o preenchimento do termo para término do contrato, o mesmo será renovado por mais 2 anos! Então estaremos disponibilizando um novo prêmio...


...............tum, tum, tum, tum, tum, tum, tum, tum, tum, tum...................

Nessa terra de gigantes...


Estamos na era dos gigantes. Gigantes de tecnologias, gigantes de comunicação, gigantes do dinheiro, do ramo imobiliário, petróleo. Temos os gigantes da alimentação e até das fraldas. Até a padaria da esquina dá uma de gigante, pois faz suas compras através de cooperativas com outras mil padarias. Isso para poder sobreviver ao ataque dos hipermercados imperiais. A república dos pequenos faz o que pode para se defender dos gigantauros imperialistas! Mas o mundo é mesmo dos gigantes. É claro que sempre se soube, que não tem nada mais impiedoso do que um gigante caindo. É sinistro, impressionante e normalmente irreversível. Vamos falar então de um dos gigantes de uma área totalmente dominada pelos grandões do mundo. Chrysler, gigantão do mundo dos automóveis.
Vamos espiar o histórico de uma das montadoras de automóveis mais charmosas que o mundo conhece. Em 1924, um ex-executivo da GM e Buick dá início à Chrysler Corporation. Uma empresa que sempre vinha com novidades em seus automóveis. Em 1935 já era uma das principais marcas americanas do setor, e o fundador, Walter Chrysler já passava o bastão. Na segunda guerra a empresa chegou a fornecer caminhões e tanques para o exército americano. E a empresa segue crescendo, entra na europa, faz algumas aquisições bem importantes no setor automotivo, como a Dodge, a Maserati e a Lamborghini.
Na década de 90, através de automóveis de grande sucesso como o Jeep Cherokee, a Chrysler já era uma gigante vendida em mais de cem países, e chegou a ser eleita pela Forbes a empresa do ano. Nessa terra de gigantes, a ciranda das compras, vendas, fusões e trocas de tecnologia são bastante comuns, e até necessárias para o crescimento que essas empresas precisam para estar presentes a nível mundial. Então em 1988 é a vez da Daimler Benz comprar o nosso gigante. A empresa segue fazendo seus carrões grandes, bebedores e luxuosos. Com um design muito particular, os carros da Chrysler sempre chamam atenção por onde passam. Dificilmente um modelo da marca passa desapercebido no dia a dia das ruas. Principalmente nas nossas ruas, recheadas de modelos bem mais simplórios.
Em mais uma troca de mãos, em 2007 a Chysler que ainda detêm as marcas Jeep e Dodge passa seu comando para a Cerberus Capital e é nessa conformação que a nossa gigante charmosa dos carrões estilosos chega para enfrentar a crise de 2008. Mas a crise não perdoa. Além da falta de crédito e recessão, os carrões americanos bebedores de gasolina se tornam em um dos símbolos da culpa americana pelo consumo desenfreado. GM, Chrysler e Ford sinalizam ao governo que precisam de ajuda. E essa ajuda é dinheiro no bolso, não apenas outras ações. A operação destas brutais corporações está comprometida. O mundo inteiro se impressiona com a situação das empresas símbolos do poderoso estados Unidos da America.A Ford tem problemas menores, mas os tem.
O governo americano em um ato já mais de desespero do que uma atitude racional, aporta recursos à montadora, assim como fez com a GM. O que quer dizer que as enlatadas capitalistas precisaram de ajuda estatal, uma afronta ao cidadão americano, que acabou pagando o pato. Pesquisa recente aponta que três quartos dos americanos preferem ver as gigantes fecharem as portas, do que ver o governo colocar mais dinheiro público nesse buraco negro. A Inglaterra já fez essa operação décadas atrás com uma montadora inglesa, mas só conseguiu adiar a falência. É claro que um país como os Estados Unidos assistir a queda de um dos seus maiores símbolos é uma situação totalmente indesejável, mas creio que mais indesejável ainda seja assistir essa queda levando, além dos milhares de empregos, uma montanha de dinheiro público junto.
Todos devem conhecer a expressão: "This is a win-win situation". Pois bem, para o governo americano, a situação das gigantes automotivas é o exato retrato do contrário dessa expressão. Não importa o que se faça, o governo será condenado. Se não ajudou, é condenado porque não ajudou. Se ajudou é condenado por ter colocado dinheiro público fora, ou por ter ajudado pouco. Não há escapatória! E também dificilmente há escapatória para essas empresas, pelo menos sem grandes movimentações no mercado. E assim, veio a primeira grande movimentação pós crise: A FIAT abocanhou boa parte da Chrysler, em um mega acordo que considera troca de tecnologia, plataformas, distribuição... Inaugurando na velha concorrente americana uma era de carros pequenos e econômicos, o inverso da vocação da nossa gigante. Aliado a isso, a Chrysler está oficialmente em concordata! E a GM? O novo presidente já declarou o lógico... E a tendência é que a mais poderosa montadora do mundo seja desmembrada, vendida aos pedaços, e continue sua operação menor, mas bem menor mesmo do que a gigantesca montanha de carrões com o brasão do Tio Sam que conhecemos hoje.
O certo é que as padarias vão continuar comprando juntas, o império multinacional vai continuar comprando toda e qualquer empresa nacional de maior destaque (meio mais barato de aumentar o share), e as gigantes vão continuar crescendo mais e mais, ficando cada vez maiores e dependendo cada vez mais de um nível de consumo elevado, de crédito, de jogo financeiro, de títulos e cambios...

Só sei que nessa terra de gigantes... não veremos mais o mundo como ele era antes...


(Hei você aí! É, você mesmo terminando de ler o texto! Faça uma sugestão de tema para o próximo artigo aqui ó, no comentário! Thanks!!)

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